O MENOR DE TODOS EU QUERO SER

O menor de todos eu quero ser.

O que tem de bom na grandeza,

Se com ela tenho tanta certeza,

Que venho tão rápido a padecer?

Os desejos e escárnios de outrem

Ditam minha dicotomia desconexa,

Quem me vê de fora com tanta pressa,

Não sabe como me coloco refém.

Parece nada viver em galhos,

Vê um sorriso tão maroto,

Que parece até um garoto,

Mas depois, só frangalhos...

Quem vê de fora me vê bem,

Mas não sabe aqui dentro,

Eu luto e me arrebento,

Para ser melhor que ontem!

E a minha tristeza é rever,

Que até quando eu mesmo acredito,

Passou um segundo e já está feito

O que eu não queria de fato fazer!

Digo estar sob controle,

Para que alguns acreditem,

Mas mesmo que duvidem,

Sempre fico na conversa mole...

Era que desde o início, eu sabia,

Que quando tudo terminasse,

Mesmo que eu ainda adiasse,

Terminaria em só poesia...

E ainda tenho esperança.