Poesia escrita em vão

Eu me vi lutando com ecos do passado

Em uma contenda digna de falsos aplausos

Sem imaginar que de sonho eu era feito

Naquele mundo onírico onde tudo era perfeito

Eis que me veio a morte em sua perversidade

Vestida de olhares que me envergonham

Eu a sinto em cada canto desta cidade

E minhas poesias não mais a impressionam

Como me livro dela que sempre está a me cercar?

Com suas garras que se afiam em minha alma

Que me impendem de continuar a lutar

Gerando a ansiedade que me rouba a calma

Por fim estou na lona, sozinho e derrotado

Acreditando estar sonhando para não acordar

Pois à realidade estou cativo e enjaulado

Aguardando o abraço da morte me libertar

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 10/10/2022
Código do texto: T7624066
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