Poesia escrita em vão
Eu me vi lutando com ecos do passado
Em uma contenda digna de falsos aplausos
Sem imaginar que de sonho eu era feito
Naquele mundo onírico onde tudo era perfeito
Eis que me veio a morte em sua perversidade
Vestida de olhares que me envergonham
Eu a sinto em cada canto desta cidade
E minhas poesias não mais a impressionam
Como me livro dela que sempre está a me cercar?
Com suas garras que se afiam em minha alma
Que me impendem de continuar a lutar
Gerando a ansiedade que me rouba a calma
Por fim estou na lona, sozinho e derrotado
Acreditando estar sonhando para não acordar
Pois à realidade estou cativo e enjaulado
Aguardando o abraço da morte me libertar
(Guilherme Henrique)