Viagem dos antepassados
No ano dos tempos perdidos
Da pedra granito dos jazigos
Das ruas tristes sem agitos
Vielas e becos adormecidos
Até em tempo de primavera
Toda vida tem esse mistério
Falta o ar de uma atmosfera
Nas sombras de um cemitério
Vão-se os sonhos de um poeta
No andar sem rumo e sem norte
Seu coração em paz se aquieta
Mesmo sem contar com a sorte
No giro de uma flor do Girassol
Ficam as obras da imortalidade
No triste quadro de um arrebol
Aqui jaz o sol com a sua saudade