Não há dor
Seu sorriso sempre foi meu precipício
Uma perdição de luz
Uma beleza clara e reluzente
Não sendo exata a todas as lembranças antigas
Hoje digo ser seu sorrir entre todos
O mais amoroso e belo!
Seu olhar me confundia
Porque quase sempre era gentil
Com enlace de romance e cuidado
Havia proteção!
Mas outrora vi fúria
A triste personificação de uma fera!
Sua presença era luta
Você fluía em um acolher perfeito
De uma proximidade velada e única
A um inseguro medo
De ciúme profundo e torpe
Trazia a nós desassossego.
Vi você tentar renascer
Navegar em meu mundo calmo
Como quem entra em tempestade
Não temeu o que a ti era revolto
Mas nunca entendeu que havia Sol
Criou sua tragédia ao não perceber.
Ouvi você falar de amor
Senti verdade em seu choro
E mesmo eu não dizendo te amo
Estendi minha mão
E se sua raiva não fosse insana
Teríamos sido eu e você.
Mas sua comparação o atormenta
Sua insegurança maltrata
Seu ciúme corrói
Seu controle desfaz tudo
E cada passo em frente construído
É ruína de mágoa em suas falas.
Sinto falta
Sua voz
Sua presença
Seu corpo
Sua alma
Mas tudo em ti que me falta
É também tudo em mim que me dói.
Acabou nosso tempo
Perdão a tudo que não fomos
Gratidão ao que vivemos
Libertamo-nos
Não há dor no amor
Então que venha a calma!