Obscuro.

"no âmago do tempo obscuro

minha veia rega feito cachoeira

pois nas curvas e voltas dum labirinto

caminho, voo e pouso sem ternura!

"eis que do solo sôfrego atonia

mas, no dandão rondo o dilúculo

e são o pôr do sol se envereda

trazendo versos para o poeta!

"e desta romã que se aperta

minhas lágrimas caem instintivamente

sendo descanso para o meu corpo!

"mas quão ali dedilham a cortesã,

pelo tocar das cordas do violão...

as cordas que finam a mesma solidão?

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 01/10/2022
Reeditado em 01/10/2022
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