A alma do violino está quebrada
Alguns meses como novo membro,
Passei a ser chamado de conhecido,
Haveria um pergunta com o tempo,
Que me pegou despercebido.
Intrigantemente me perguntou,
Se havia um dia tocado instrumento,
Toda minha defesa se levantou,
Tocou no pior sentimento.
Lhe disse que fui violinista,
Não que era o violinista maldito,
Como uma sina,
"Temos um guardado" - Havia dito.
Logo me apresentaram o sonho dantesco,
Na minha vista estava empoeirado estojo,
Parecia para mim um caixão,
Onde enterrei somente o esboço.
Disseram-me "falta seu maestro",
Porém havia uma peculiaridade,
Coloquei-o no lado destro,
O destino não tinha piedade.
"Marcamos com um rapaz de consertar",
Visivelmente não havia coisa errada,
Quando ia falar o que ia arrumar,
"A alma do violino está quebrada".
Por um momento,
Tinha alguma razão,
A alma do violino está quebrada,
Aquele que o segurava.
Eu estava arruinado,
Por histórias do passado,
Aquilo não era um violino,
Era a corda do enforcado.
Não soube expressar,
Demonstrei ligeira alegria,
Foi tanto meu ápice,
Quanto minha ruína.
A alma estava quebrada,
A espaleira pesava uma tonelada,
Arco munido em setas,
Espelho refletia notas severas.
Não superado os Cordas de Ouro,
Despreparado para viver de novo,
A cacofonia de um horror,
Sentenciado por amor.
Em lampejo,
Algumas vezes eu vejo,
Substituídos são em mente o Ministério de Louvor,
Por àqueles que sinto dor.
Até hoje a alma do violino está quebrada,
Toco no madeiro do violino,
Ouvindo um choro fino,
De uma ferida lacerada.
Os dias passam,
Meses são superados,
Tento superar,
Com os dias à passar.
É divina comédia,
De 'eu ser o violinista desta peça,
Por mais que eu despeça,
Nunca retornaram meu adeus.
A alma do violino está quebrada,
Até hoje não me resta nada,
Toda vez que abro o estojo,
Tenho medo de ver algum rosto,
De todos aqueles que enterrei,
Eu sei,
Eu sei,
Não mudei.