Joguei nos ombros a tristeza...
A bagagem parece mais leve quando a assentamos nas costas.
Aceitei em minha pequenez, o destino:
Tolo, invasivo.
Quisera eu apagar as dores com a borracha da astúcia.
Ou quem sabe passar um corretivo nas trajetórias que doeram?
Estigma de corte de alma não tem plástica que apague.
Propague!
Quando a dor te envolve é preciso abraça-la...
A dor, ainda que de repente, vem tomando conta do ambiente.
Faz tudo ficar em tons de cinza.
A tristeza (que não é passageira).
Fez-me companhia a tarde inteira.
Apoiada em meus ombros, fez-se gigante.
E por um instante, entre a fantasia e a esperança.
Sentou-se no vazio.
Quisera eu puxar-lhe o tapete.
Mas era a mim que se prendia.
Ainda que eu tentasse fugir.
Não pude deixar de sentir...
Seu peso deixou-me cansado.
Fez-me refém, desanimado.
Quisera eu, a memória apagar.
Deixar fluir alegrias.
A tristeza enterrar.
Mas como sou humana...
Nada posso controlar...
Nessa vida mundana.
Humano, um tanto...
Tenho que aprender a suportar (me).