Tormento já não vem em doses

Eu vou pra longe, bem distante de mim

Próximo da fronteira entre o êxito e o caos

Pra que lado eu vou se o clima sempre muda?

A dor que emerge me acompanha de forma absurda

De lado um rio com uma jangada quebrada

De outro uma ponte que rachou e está prestes a partir

Ainda assim, pra onde posso ir se estou distante de mim?

Falo que é pra onde a força surge, rompe com o costume do agir

E da subterfúgios para tudo fluir

Cansado de fazer e não ter descanso

Atraio, desfaço, refaço e permaneço no conflito

São tentativas que bloqueiam meu avanço

E a emboscada só me deixou aflito

A sombra do anseio do êxito me persegue

Mas não dá extintos para a captura

A sombra do anseio do êxito me adoece

Sem sequer dar o remédio para a cura

Pergunto novamente, pra onde posso ir se estou distante de mim?

As circunstâncias me deixaram em apuros

Sigo ainda quase respirando após as batalhas

Beirando nas esquinas para me manter seguro

Que energia tenho pra dormir e me sentir equilibrado?

Ausência de tempo, fruto escasso, descanso esgotado

Culpa dos resultados dos meus insights?

Sigo recebendo por dia, um fight.

Mas continuo avançando

E cismando em meio ao caos...

Sando
Enviado por Sando em 21/09/2022
Reeditado em 28/09/2022
Código do texto: T7611328
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