Tormento já não vem em doses
Eu vou pra longe, bem distante de mim
Próximo da fronteira entre o êxito e o caos
Pra que lado eu vou se o clima sempre muda?
A dor que emerge me acompanha de forma absurda
De lado um rio com uma jangada quebrada
De outro uma ponte que rachou e está prestes a partir
Ainda assim, pra onde posso ir se estou distante de mim?
Falo que é pra onde a força surge, rompe com o costume do agir
E da subterfúgios para tudo fluir
Cansado de fazer e não ter descanso
Atraio, desfaço, refaço e permaneço no conflito
São tentativas que bloqueiam meu avanço
E a emboscada só me deixou aflito
A sombra do anseio do êxito me persegue
Mas não dá extintos para a captura
A sombra do anseio do êxito me adoece
Sem sequer dar o remédio para a cura
Pergunto novamente, pra onde posso ir se estou distante de mim?
As circunstâncias me deixaram em apuros
Sigo ainda quase respirando após as batalhas
Beirando nas esquinas para me manter seguro
Que energia tenho pra dormir e me sentir equilibrado?
Ausência de tempo, fruto escasso, descanso esgotado
Culpa dos resultados dos meus insights?
Sigo recebendo por dia, um fight.
Mas continuo avançando
E cismando em meio ao caos...