Prazer eu sou a guerra
Eu venho devagar
Sem anunciar o pavor,
Mas assim que eu chegar
Trago dias de terror.
Não escolho classe social
Cor de pele nem pensar
Eu só venho fazer o mal
A quem no caminho atravessar.
Eu mato pai de família
E o trabalhador que peleja
Pois essa é minha sina,
Ganhar para ter riqueza.
Acabo com uma nação
De quem não quis colaborar
Criando discussão
Até uma guerra enfrentar.
Envolvendo inocentes
Que lutam para sobreviver
Que nem estão cientes
Do que irá acontecer.
São milhares de planos
A serem elaborados,
Mas assim que pensamos
Já estão todos fuzilados.
Eu afeto o equilíbrio
De mais um dia normal
Estilhaço feito vidro
Deixando só resto mortal.
Eu não trago coisa boa
Se assim você pensa
Pois meu barulho muito soa
Destruição sem clemência.
Trago o medo e o pavor
O caos e a desigualdade
Deixo dias de terror
Em meio a sociedade.
Deixo traumas na memória
De quem a mim sobreviveu
Para falar de sua história
E os terríveis momentos que viveu.
Eu junto uma multidão
E deixo todos pelados
Ainda faço uma marcação
Com ferro, feito gado.
Eu humilho as pessoas
E tiro o seu valor,
Toda essa gente atoa
Matarei sem ter temor.
Eu deixo famílias apavoradas
A espera do seu bem
Aquelas que foram convocadas
A lutar sem retorno de ninguém.
Não admito religião que contradiz...
Eu quero a igualdade
E para isso punirei todo o infeliz
Ao pedido de piedade.
Eu trago um vazio
Profundo e obscuro
Eu ataco o mar e o rio
E estou presente no claro e escuro.
Não adianta se esconder
Pois irei te achar
E mesmo que venha a correr
Eu irei te matar.
Para falar de mim
O assunto é complicado
Pois eu não tenho fim
E estou presente por todo lado.
Aqui estou presente
Por anos de terror
Abalando muita gente
Sem piedade nem amor,
E meu legado está na terra
Pois me apresento ao senhor
Prazer, eu sou a guerra!.
Francisco Antonio.