Pararatimbum!
No circo já começou o espetáculo!
E a platéia ri do palhaço Pararatimbum
Que faz suas graças com um ar nostálgico
De um jeito bonito mas pouco comum
Ele faz graças declamando poesias
Cada piada é como uma trova perfeita!
Em sua cabeça traz uma melancia
É um equilibrista que mostra receitas
Mas no fundo o palhaço traz o seu segredo
Embora às graças que ao público faça
O cotidiano é deprimido e tem medos
Seu patrão lhe cala como uma mordaça
Não reclame não você já é bem pago!
Marmita e morada lhe são suficientes!
Melhor que comer lixo é isso que lhe falo
Diz o rude homem com um ar de serpente
O palhaço ri para o público imenso
Mas dentro de si o choro é que lhe toma
Num show de horrores interno e imenso
Mesmo com o glamour de sua grande fama
O circo é imenso e ele é o astro
Todos vão ali nas noite pra o assistir
Se pinta no espelho o mais triste palhaço
Que vive na guerra e disfarça o sorrir
Crianças e velhos, música e luzes
Num novo espetáculo o show vai começar
O palhaço vê triste no palco o seu patrão rude
Que o chama alegre pra se apresentar
E então o semblante do palhaço muda
Com um sorriso lindo ele faz cambalhotas
E escolhe na platéia alguém pra uma ajuda
Essa interação sabe o público gosta
E naquela multidão ele escolhe uma moça
Com o sorriso mais lindo que ele já viu
Ela meio sem graça brinca toda toda
E pela primeira vez de verdade ele riu
Percebeu que estava por ela enamorado
E parece que ela por ele também
E então depôs disso viraram namorados
O palhaço infeliz agora estava tão bem
Ele tomou coragem e foi pedir demissão
Disse ao rude homem não sou seu palhaço!
Agora tenho motivos e amor no coração
Pague os meus atrasados e todo o salário
O homem rude furioso disse não lhe pago!
E o palhaço bem bravo já perde a calma
O patrão rude então abre o seu carro
Abre o seu porta luvas e pega uma arma
Mira naquele palhaço e dá cinco tiros
O pobre do palhaço cai no chão sem vida
Uma cena grotesca pra quem vê aquilo
O rude homem se entrega ao chegar a polícia
Vai pagar pelo mal com um grande castigo!