Mortificada
Que dias de angústia, lágrimas e despero.
Ainda não estou em mim. E como se eu fosse uma projeção e abismada assisto os fatos sem nada poder fazer.
Encolho-me num canto a espera de algum salvador, mas este não veem.
Ouço de todos os lados a acusações sem ninguém para acolher-me. Enquanto dedos em riste aponta-me,sem direito alguma defesa, ostento no peito a insígnia A em tom escarlate.
É a sim que me sinto, apedrejada e mais que as feridas do corpo alquebrado o que mais sangra e mortifica meu ser são essas pústulas imperceptíveis aos olhos nus, mas tão vivas em minha alma.
Queria acordar amanhã e descobrir que tudo não passou de um sonho ruim.
E que um abraço seu ou até um sorriso tímido curaria todas essas chagas a fustigar meu ser.
Enfim me despeço lamentando tão fúnebres palavras.
Mas algo em mim morreu e não sei se mesmo teu amor genuíno por mim é capaz de ressuscitar a mulher que um dia fui e você amou