Facas

Minhas costas eram tábuas,

que serviram,

para segurar,

facas.

O que dei,

não foi o bastante,

ainda o que tinha,

me roubou.

Meu coração levou,

foi bom,

parecia bom,

só foi ilusão.

Minha morte,

era exata,

estava certa,

nas estrelas marcada.

Roubou meu semblante de vida,

me restou,

a constante,

anestesia.

Em decomposição,

ficou meu coração,

cheio de larvas,

sem recuperação.

Morri,

já fui,

o que existiu,

ficou por ali.

Dragomir
Enviado por Dragomir em 19/08/2022
Código do texto: T7585596
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