Facas
Minhas costas eram tábuas,
que serviram,
para segurar,
facas.
O que dei,
não foi o bastante,
ainda o que tinha,
me roubou.
Meu coração levou,
foi bom,
parecia bom,
só foi ilusão.
Minha morte,
era exata,
estava certa,
nas estrelas marcada.
Roubou meu semblante de vida,
me restou,
a constante,
anestesia.
Em decomposição,
ficou meu coração,
cheio de larvas,
sem recuperação.
Morri,
já fui,
o que existiu,
ficou por ali.