O que fica e o que passa
A solidão que me atordoa
na véspera do anúncio!
Que você esperava?
Um brilho seco?
Um sonho a menos?
O silêncio que ecoa em minha madrugada
rasgou teu véu
te fez meu cais,
à própria sorte,
derivando a tempestade.
Quem poderia traduzir essa sentença?
Qual tom se saboreia a separação?
E se rogar perdão,
ele te escutaria?
Se derramar o ouro
nem assim valia?
E o preço do silêncio?
E o medo do retiro?
Teu nome vai ficar
tua cara vai passar;
Seus homens não são seus
nem seus olhos de ódio que cerrarão aqui!