Soneto de um poeta triste
O pequeno caminho que é a minha vida
Recolhe em frondosas esperanças e idílios.
Aos olhos azuis da vida ébria e lasciva
Eu ofusco o ventre que gera a dor e o encanto.
O amém de todos os ausentes e presentes
Na fagulha acesa do Norte e de meus ais
O mar efêmero que banha o germinal ser
Homens e mulheres que almejam sonhar e morrer.
Os trovões e os ventos lançam ao infinito
Lágrimas e soluços de um poeta que sofre
Sofre por amar o que não se ama e não existe
Trovões que florescem as almas briosas e aguerridas
Donde tracejam cada poema transcrito de dor
Num caminho iludido e ferido qual o meu existir.