Soneto de um poeta triste

O pequeno caminho que é a minha vida

Recolhe em frondosas esperanças e idílios.

Aos olhos azuis da vida ébria e lasciva

Eu ofusco o ventre que gera a dor e o encanto.

O amém de todos os ausentes e presentes

Na fagulha acesa do Norte e de meus ais

O mar efêmero que banha o germinal ser

Homens e mulheres que almejam sonhar e morrer.

Os trovões e os ventos lançam ao infinito

Lágrimas e soluços de um poeta que sofre

Sofre por amar o que não se ama e não existe

Trovões que florescem as almas briosas e aguerridas

Donde tracejam cada poema transcrito de dor

Num caminho iludido e ferido qual o meu existir.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 15/08/2022
Código do texto: T7583059
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