Apropriadamente Guerra, Figurativamente Autoexílio

Apropriadamente guerra:

Ódio a si mesmo,

Conflito ainda não reverberado

Aparições públicas raras

Tormento, realidade distorcida

Cheiro de terra húmida, olhos fundos

Esfinge dos atos, intermediando atenção

Neblina sob linhas específicas

A cada homem tinha uma chance de acertar

E eu me defendia como uma serpente

Dançava, iludia, provocava e envenenava algozes

Subindo águas acima da promessa da lua

Saber é perder-se, prostrar-se a tal renegação

Noite a imagem e semelhança do abandono

A cólera por pertencer ao lugar ausente

Mesmo pertencendo, mesmo visto, esquecido

Amor meu, ao que se preste o encanto

A qualquer custo eu preciso amar

Fingir amar, obedecer, me entregar, correr

Tantos sinônimos para despertencer-me

Em uma dose dissipa-se , através de mares agigantados

Demora o coice a imergir, devora a língua

Uma fusão desastre entre corpo e teatro

Pacificando tardiamente meus próprios pecados

Nenhum, nem outro. Infeliz

Aos adereços da bondade, minha saudade

Vitoriosa teimosia que me impede

Mas que condena a uma vital apatia

A expectativa que me engole

Tecendo esforço descomunal

Ao aparecer e negar a displicência

Condenar-se por isso, reiniciar o ciclo