O castelo de obsidiana
Negro,
como o interior da alma,
enegrecido,
esquecido,
como o amor que acalma.
A terra era cúmplice,
aquele castelo,
minha humilde,
e esquecida,
morada,
terra mal assombrada.
Ali só havia eu,
e os esquecidos,
aonde o Sol,
não fazia sua morada,
todos ali esquecidos.
Meu corpo era velho,
ossos escurecidos,
a pele era pálida,
o vento soprou,
dali a alma.
Então nesse castelo,
escurecido e esquecido,
decidi fazer dele,
minha morada,
aonde esquecido.
Foi deixado,
esquecer,
o que era vivo,
ali só reside,
quem não tem mais alma.