O castelo de obsidiana

Negro,

como o interior da alma,

enegrecido,

esquecido,

como o amor que acalma.

A terra era cúmplice,

aquele castelo,

minha humilde,

e esquecida,

morada,

terra mal assombrada.

Ali só havia eu,

e os esquecidos,

aonde o Sol,

não fazia sua morada,

todos ali esquecidos.

Meu corpo era velho,

ossos escurecidos,

a pele era pálida,

o vento soprou,

dali a alma.

Então nesse castelo,

escurecido e esquecido,

decidi fazer dele,

minha morada,

aonde esquecido.

Foi deixado,

esquecer,

o que era vivo,

ali só reside,

quem não tem mais alma.

Dragomir
Enviado por Dragomir em 01/08/2022
Código do texto: T7572723
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