MEU VELHO PAI
Meu velho pai, que tanto sorriu pra mim...
Hoje já não mais decifra, o que é flor ou jardim.
Meu velho pai, está perto mais ausente...
Sem saber nem o que sente, e nem pra onde vai.
Não fala nada, não sorrir, e não reclama,
Não atende a quem lhe chama...
E, nem orar sabe mais.
Meu velho pai, nada mais sabe da vida,
Principalmente da lida, que outrora deixou pra trás
Meu velho pai, está perdido e ausente, no labirinto da mente, que lhe deixou incapaz.
Meu velho pai, amigo e companheiro...
Era feliz e herdeiro dos costumes dos seus pais.
Ele não fala, não escuta e nem sente,
os filhos tão presentes...
E ele, não os vê mais.
Maldito Alzheimer, que lhe consumiu inteiro...
Fez dos seus olhos canteiros,
mas nem chorar sabe mais!