TURBILHÃO
Minha vida está revirada,
Nada está no lugar,
Há muito está travada,
Não tem como andar.
Passo as noites em claro,
Esperando um sinal,
Nem que seja de lanterna,
Para encontrar o meu rumo.
As horas passam lentamente,
Um minuto em uma hora,
Acumulo meus dias,
Num cantinho do meu quarto.
Meus pensamentos atrapalhados,
Nunca chegam a conclusões,
Minha vida inconclusa,
Enfrentando tempestade.
E quando vejo alguma luz,
Ela é quase apagada,
A nada me conduz,
Continuo na roubada.
Nesse turbilhão em que me encontro,
É difícil respirar, nem que seja um pouco,
Então me afogo nesse mar
Sem querer me salvar.