NOTURNO II
Acredito muito na força dos anjos,
Esses soldados militantes
Das milícias de Deus.
E, anelo a vontade de, um dia,
Por aí, ver um deles,
Mesmo que alheiado
E este me diga um ei/ou,
Quem sabe!
E, é de tanto querer que,
Em noites de insônia,
Inopinadamente,
Escuto um toque patético,
Como de dedos longos,
Na minha janela.
Fico apreensivo,
Estático...
E quando vou ter com isto,
Tenho a inútil certeza
De que algo está/ficou
Impresso, bem antes,
No encargo
Da minha consciência!