O Emergir da Tormenta

Ir e vir de encontro ao ar

Aquela força me suga para seu íntimo invólucro

A tormenta fria e tempestuosa

Escuridão e sal ardem em meus olhos

E já borram minha existência

Meu braço alcança a superfície

Tolo e esperançoso que alguém se importe

Sorrio, envergonhado, em cumplicidade com o mar

Ninguém virá

E o profundo azul me puxa para perto

Como se quisesse minha companhia gélida e muda

Enquanto meu pulmão cede e eu paro de lutar

Imóvel feito pedra, e claro como o ar.