Diante da morte
De repente, tudo escurece
O mundo perde as cores
E vai-se embora a alegria
Nada mais anima o dia
A noite passa-se em prece...
Os planos para o futuro
Perdem toda a importância
Os olhos miram o escuro
Do abismo que aparece
Prenhe da ignorância...
O coração se endurece
A mente vagueia à esmo
O eu não é mais o mesmo
Pois em nada mais se fia
Até de Deus desconfia
Com tudo se aborrece
Pois a dor é insuportável
E dela não se esquece...
Qualquer teoria é inaceitável
Pois nada explica ou justifica
O fim de uma vida amada.
Nem a dor que dele fica,
Na alma que ainda (viva?)
Neste plano permanece
Se sentindo abandonada.
Adriribeiro/@adri.poesias