Diante da morte

De repente, tudo escurece

O mundo perde as cores

E vai-se embora a alegria

Nada mais anima o dia

A noite passa-se em prece...

Os planos para o futuro

Perdem toda a importância

Os olhos miram o escuro

Do abismo que aparece

Prenhe da ignorância...

O coração se endurece

A mente vagueia à esmo

O eu não é mais o mesmo

Pois em nada mais se fia

Até de Deus desconfia

Com tudo se aborrece

Pois a dor é insuportável

E dela não se esquece...

Qualquer teoria é inaceitável

Pois nada explica ou justifica

O fim de uma vida amada.

Nem a dor que dele fica,

Na alma que ainda (viva?)

Neste plano permanece

Se sentindo abandonada.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 27/06/2022
Reeditado em 28/06/2022
Código do texto: T7547330
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