SENDO ASSIM...

Deixa-me caminhar com

o fardo desse adultério.

A passos lentos adentrando

ao "carma de meu cemitério".

Deixa a mim, a incógnita da

vida que é curta.

Com a tristeza latente

e absoluta!

Deixa-me levar pelo destino

como consolo.

Deixa-me...

Andando a esmo feito um tolo!

Eu que pensava que sabia

muito da vida, não consigo

sequer sanar minha ferida.

Por isso vá!

Siga o teu caminho!

Pode me deixar sozinho!

Vá! Mas não bata a porta,

para não assustar uma

esperança remota.

Siga o caminho que lhe convém.

Eu não tenho mais um norte.

Cada um tem a sorte que

lhe provém.

Deixa-me tentar um pouco

mais de vida.

Antes que volte a sangrar

essa ferida.

Deixa... Me deixa!

Assim, à espreita da morte.

Deixa a mim!

J.M. 02/01/22

Jadir F Macedo
Enviado por Jadir F Macedo em 24/06/2022
Código do texto: T7544570
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