O tempo e nome
Um pouco mais de uma semana de tristeza bastaria...
Se não houvesse um mês inteiro para chover num lugar que não tem nada...
Só a ausência do tempo e uma aurora estranhada.
Que lentamente vai dizendo o porque das horas...
As memórias em paredes são as sobras do passado, que não têm nada de bom, por dia e dor.
Talvez seja a figura do desconhecido em mim...
Não sabia que havia esquecido disso.
Mas vou fazer um pouco de cada dia mais tarde...
Pra gente trocar de roupa e de passado.
Uma presença ausente...
Estilhaços de um espelho inexistente reflete em mim o que eu não sabia.
Sombras que aspiram um assombroso sopro de raiva.
Ódio e medo...
Não é o que eu queria.
Nao habita em mim esta inexata coalizão.
Mas é o que eu posso sentir...
Tolerado por ser inofensivo...
Agora, intolerado!
Por fazer de mim mesmo o que podia.
Cabe agora apenas sentir a alma do mundo inteiro em cima do meu coração.
Que por não ter nada pra fazer, violenta, com a figura da manhã, o fetiche da covardia...
E até penso na sensível condição humana, mas logo esbarro em uma janela vazia.
Aquela imagem que ensina o estranho em mim.
Em nós!
Aquela que só o nosso tempo pode saber...
O que eu não sei é explicar a minha tristeza.
Ela ainda não tem nome.
Não sei como chamá-la...