Aceito Tranquilamente

Em sua forma mais pura

Observo-me morto no chão

Meu quarto sempre será o lugar

De meu eterno repouso e graça!

Bastou-me um gatilho simples

E eu cortei meus pulsos

Com a coragem de duas cachaças

Faço arte com vômito...

O ar pesado num quarto

O cheiro já chama atenção

Faz meses que estou ali

Observo-me desfazendo.

Nada me faz tão bem e feliz

Do que olhar minha putrefação,

Deus me deixou ficar e observar

O vazio da minha vida apodrecer!

eu aceito esse fim, foi isso que quis para mim, foi desse jeito que imaginei morrendo, sempre imaginei assim e agora morto estou!

Existe um sorriso cadavérico

Minha pele parece uma lona preta,

Necrófagas deslizaram ao piso

Junto ao necróchorume viscoso.

Ninguém sabe que estou ali

Fui abandonado pelos meus,

Fico feliz pela minha solidão

Ninguém sentirá minha falta!

eu aceito esse fim, aceito essa solidão suja e mórbida. deitado do no lodo de mim mesmo com um caco de vidro nos pulsos descanso de uma vida triste e caótica!

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@gab_poeta667

Poeta Gabriel Augusto
Enviado por Poeta Gabriel Augusto em 13/05/2022
Código do texto: T7515104
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