Não
Coração bobo esse meu,
que de todo jeito vai na contramão,
por mais que eu aperte o passo,
indo pra longe, volta e meia,
da um jeito de parar
e esperar a solidão.
E por mais que eu prenda,
que eu sofra, que eu chore,
Não me dá alívio.
E mesmo amuado, cativo, cansado,
se ergue bravo, e nunca,
nunca se dá por vencido.
Insiste em se entregar
a qualquer olhar diferente,
ao cheiro, ao toque das mãos.
Mesmo vendo estampado,
gigante, em letras garrafais,
o tão conhecido
não.