REMINISCÊNCIAS

 

Duas da madrugada,

Luz acesa,

Janela aberta,

Papel, caneta na mesa,

Poesia inacabada.

Uma mariposa,

Ousa...

Pousa

Na taça vazia,

Me oferta

Companhia,

Eu aceito,

Me ajeito,

No pretérito imperfeito,

E deixo as reminiscências,

Me conduzirem,

Para além,

Do agora,

Para você,

Para o porquê,

Da sua ausência.

Resposta, não tenho, não terei.

Não sei se pela incerteza,

Ou pelo excesso de vinho,

Perco o linho,

Falo... grito,

Invoco o pranto,

Enquanto,

A mariposa sem entender nada,

Me olha assustada.

Sei que já são quatro horas,

E pelo jeito,

Vou provocar mais uma aurora.