A ROSA

Paro num jardim
Há muitas flores
Colorindo aquele lugar
Um emaranhado de cores
Chegando a confundir meu olhar

                       Em um canto
                       Sobressai-se soberana e cativa
                       Uma Rosa Vermelha               

     
Não exala perfume
Mas é singular
É altiva e  segura
 
                       De repente

Começa a chover
E o vento sopra forte

As flores parecem se abrigar
Procurando um aconchego
                                            
                       Mas a Rosa Vermelha

Continua solitária
Parecendo não temer
O incômodo vento
Perde algumas pétalas
Que voam pelo jardim
Depositando-se na varanda
De um  velho casarão
Que, apagado, não assiste
A vida lá fora
A rosa que um  dia nasceu
A rosa que cresceu altiva e bela
A rosa que um dia morrerá.
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 22/11/2007
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