Ruínas

Lá vem, outra vez, se acomodar,

Fala pouco; é mais de observar;

Com olhar crítico, despe a alma,

Desconcerta, desconcentra, lava...

Que faz tudo se dissipar, lavra,

Como quem crava na pedra;

Enreda, empedra, embaralha,

Disfarça, despedaça e a traça...

Faz tudo se acabar; oramos nós...

Por entre edifícios e cinzas frias;

Numa desconsertante artilharia,

Foge o ser, vaga por vagões, à sós.