Nada faz sentido.
O vetor sofre de desvario.
A retórica quase desmaiada
se esvai
pelo chão,

pelos ralos,

pelos túneis do tempo.

 

Há estórias anônimas.
Há histórias notórias.
E a imensa ignorância em interpretá-las.

Não há apenas três caminhos.
O da direita, o da esquerda e do meio.

 

Há uma miríade de caminhos.
Pensamentos infinitos e estrelas que
se confundem com o sol.

Nada faz sentido.

 

Um oceano de paradoxo
Fazem de náufragos, sobreviventes.
Fazem das medusas, mitologia impressa
em águas-vivas.

 

Em silêncio, o marulhar das ondas
revelam segredos, degredos e fantasias.
Nada sentido.
Santidades e vulgaridades.
A palavra dita.
A palavra escrita.

 

E, essa sensação do fonema engasgado.
Triturado pela racionalidade maldita.

Nada faz sentido.
E, eu aqui com meus poemas
perdida entre infinitos e asfalto.
 

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 18/02/2022
Reeditado em 18/02/2022
Código do texto: T7455379
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