SUBMERSO

Submerso em meu tudo,

Afogo-me em tantos mundos.

Aprisionado em retratos,

que se emergem num segundo.

As ondas trazem tantas areias,

de vários grãos que me maqueiam,

deles faço um guarda-chuva ,

que no seco me enclausura.

Água fria que me atina,

que penso ser cristalina,

empalecendo as minhas pernas,

nas correntezas de cavernas.

Em minhas mãos SÓ se molham,

Nos riachos que SÓ a mim transitam,

em vários SÓ(I)S que se desfazem,

em noites que só me desatinam.

E em minha boca que ainda fora,

um pouco tento respirar,

mas que agora se afoga,

em companhia do bravio mar.