Tempestade dentro do coração
Chovem lágrimas de uma alma contrita
Inundam as vielas que levam ao nada
Canais espalham a dor por onde passam
A tempestade não cessa, não transpassa
Ainda que a enxurrada leve tudo embora
Ainda que as ruas sequem ao final
Nada nunca é como antes foi
Marcas ficam no solo da pele sofrida
Ainda que eu saiba que deixará de chover
Que o sol brilhará mais claro e quente
Pergunto-me olhando para o horizonte cinza
Quando passará esta tempestade?