para onde... vem?
o ser social que se desloca
nas ruas iluminadas, pendendo à esquerda
na neve concreta e pouco subjetiva
que se apega ao pensamento
não se rendendo ao gozo fácil e dócil
da reflexão revertida,
batida e putrificada
o fim rui
a rua se abre
e o ponto de partida
se impõe à frente
o destino agarra-se ao pouco incerto
ele volta sangrando
metaforicamente
pro meu peito aberto
não tanto simbólico
apenas eufórico e áspero
um dois três
não há sol lá fora
e as luzes machucam seus olhos
o pudor se esvaiu em seu rastro
de perto pergunto languidamente
onde está
meu bem?