Distorção obscura

Sinto-me movido por ruídos aleatórios.

O peso de seu som corruptível,

Drena toda a força de querer.

Noutro infortúnio violável,

Pregas na vontade de viver.

Certo de estar calcificado,

Numa vibrante e venenosa solidão.

Na luta desta vida perigosa,

Insisto! Mas perdido é o coração.

Desespero de não querer ter razão.

Ando como sombra neste mundo.

Asilo de rancor e sofrimento,

Visgo da eterna caminhada.

Cortando o meu corpo feito o vento.

Fazendo-me em pedaços.

Augusto Borges
Enviado por Augusto Borges em 10/02/2022
Reeditado em 11/02/2022
Código do texto: T7449245
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