Em vão...

Enquanto meu mundo desmorona

E o caos, esse maldito perverso, apenas sorri

Eu busco, em vão, evitar

Que haja mais uma vez essa imersão

O tempo e o espaço, bem distantes de mim

E as pessoas… A felicidade delas…

Destoando estupidamente

Do que estes olhos, em vão, tentam conter

Toda lágrima, de cada dilacerar

Em razão de lembranças que surgem

Assim, bem na frente, em estilhaços

Que, em vão, eu tento restaurar

Mergulhado em águas mais que melancólicas

E turvas, onde pouco vejo e muito sinto

Mas sem reação, permaneço, anestesiado

Esperando em vão, um alívio, que jamais virá.

Claucio Ciarlini (2019)

Claucio Ciarlini
Enviado por Claucio Ciarlini em 08/02/2022
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