Em vão...
Enquanto meu mundo desmorona
E o caos, esse maldito perverso, apenas sorri
Eu busco, em vão, evitar
Que haja mais uma vez essa imersão
O tempo e o espaço, bem distantes de mim
E as pessoas… A felicidade delas…
Destoando estupidamente
Do que estes olhos, em vão, tentam conter
Toda lágrima, de cada dilacerar
Em razão de lembranças que surgem
Assim, bem na frente, em estilhaços
Que, em vão, eu tento restaurar
Mergulhado em águas mais que melancólicas
E turvas, onde pouco vejo e muito sinto
Mas sem reação, permaneço, anestesiado
Esperando em vão, um alívio, que jamais virá.
Claucio Ciarlini (2019)