É DOCE, MAS COMO ELA É DOCE...

No dia em que eu morrer

Não quero que tu vás saber,

Pois me chorar tu não mereces.

Quero seguir sem qualquer de tuas preces

E quero muito que continues pensando

Que eu também por aí vou levando,

Mas sei que ao certo alguém te há de dizer

E aí tu vais te recusar a crer

Que eu fui capaz de partir

Sem ao menos avisar ou te pedir.

Nesse instante sou capaz da ressurreição

Só pra te encarar e reconhecer

No teu olhar retorcido de indignação

A incapacidade, desta vez, de me vencer...

Junho/1995

Ruy Soares
Enviado por Ruy Soares em 05/02/2022
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