Lágrima

Lágrima

Lágrima, porque insistes rolar em meu rosto triste?

Tento deter-te, mas não consigo.

Pois rolar em meio à tristeza parece ser

sua principal função, mas,

não te julgo por isso, triste sina é a sua.

Se eu pudesse reverteria o seu papel,

pois, apesar de triste, és bela!

Desce como uma gota de orvalho ao amanhecer

ás vezes fria, ás vezes quente, ás vezes sensibilizada

sobre um rosto infeliz.

Não te vejo feliz cumprindo esse papel,

imagino que se pudesse, só escolheria

rolar em momentos de alegria,

sobre rostos felizes, deslizando suavemente,

bela e brilhante, harmonizando

com os raros momentos de prazer

que a vida oferece ao ponto de chorar.

Lágrima gostaria de aprender deter-te,

para que você, não me visse triste!