Os vãos da porta
quando se invadirem nossos quintais
restará a pétala esmagada
a marca no cimento fresco na calçada
o barro do retorno da sola do coturno.
nosso susto se verá na luz inclinada
morrendo a lamparina já quase apagada
a lona preta sob nosso teto ,será o nosso céu escuro
secas as flores que plantamos
todas ladeando o muro
os espinhos da roseira, são caninos na aorta
e o bafo quente da serpente,
invadindo os vãos da porta