O colapso
Já não sei mais estar em meus pensamentos nem posso afastar as lembranças, que andam em espiral e não dão trégua.
E túrbia e gris a derrota quando o verdugo somos nós, o absurdo do horror mora nesse ódio profano, nessa urgente e falsa ingenuidade.
Quando os sonhos são pobres e combatemos a solidão nós transformamos num simulacro de esperanças e consolos.
E como esperar o futuro, tão misterioso, tão irregular, promessa diária que não tem rosto, novos recomeços cheios de silêncios.