Tempos de (des) amores
Foram tantos os amores e desamores nessa vida,
tantos prazeres nessas entregas entre paredes,
despojados desses medos nesse quarto,
rompendo noites escuras no enlace destes corpos.
Foram tempos de sertões, de mares, desertos, de tormentas.
Tempos de recompensas nessas doações, nesses afagos.
Entre beijos úmidos e quartos desarrumados, foram tempos de deleite,
desses amanheceres, sem limites, nessas viagens plenas.
Renascem nesses tempos novos amores,
novos desamores nos perseguem nesses tempos,
devassos amores inventados, premeditados, convidando-nos,
nessas paixões tormentosas desses tempos, nessa miragem.
Foram-se os tempos dessas buscas, dessas entregas!
O tempo que essa vida me oferta, agora, é de saudade entre sombras.
São reminiscências que essa vida me conforta nesses tempos,
nessa solidão de dias entre desamores, de dias reticentes.