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A vida é uma tragédia

Mas é preciso muito amor

Para se morrer por alguém

Algumas pessoas acham que amam

Enganam-se o tempo

Adoecem por achar o que não está perdido

Perder-se de amor é se achar o tempo todo

Muita gente encara o outro de olhos fechados

O medo é uma das armas dos quase amores

O que se perde quando se acha demais

São poesias escritas no pensamento

É aquilo que não é dito quando se podia dizer

Muitos amores morrem antes de nascerem

Pois, o temor de encarar a verdade do outro

É o esquecimento do que podia ser dito

Quantos amores morreram numa frase silenciada

Quando poemas foram rasgados durante o almoço

Quantas partidas foram adiadas por falta

Quantas faltas foram adiadas por partidas

A esfera da vida é uma faca na jugular

Aquele que se arrisca, vive no limite da vida

Abraçando o quase amor na despedida.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 21/12/2021
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