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A vida é uma tragédia
Mas é preciso muito amor
Para se morrer por alguém
Algumas pessoas acham que amam
Enganam-se o tempo
Adoecem por achar o que não está perdido
Perder-se de amor é se achar o tempo todo
Muita gente encara o outro de olhos fechados
O medo é uma das armas dos quase amores
O que se perde quando se acha demais
São poesias escritas no pensamento
É aquilo que não é dito quando se podia dizer
Muitos amores morrem antes de nascerem
Pois, o temor de encarar a verdade do outro
É o esquecimento do que podia ser dito
Quantos amores morreram numa frase silenciada
Quando poemas foram rasgados durante o almoço
Quantas partidas foram adiadas por falta
Quantas faltas foram adiadas por partidas
A esfera da vida é uma faca na jugular
Aquele que se arrisca, vive no limite da vida
Abraçando o quase amor na despedida.
Otreblig Solrac - O poeta burro