Diário de um cadáver
Um buraco que parece ter aceito.
Um sangramento que nao estanca.
Não se arrepende do que tenha feito
Mesmo quando isso seu coração arranca.
Um refratário que segue sem conserto,
Dois seres frágeis, inimigos de acertos.
Entre as partes faltou haver respeito,
Está em partes tudo que há em seu peito.
Não há vítimas, todos são culpados.
Para que não infrinja, segue isolado.
Mesmo que se restrinja para sentir menos,
Precisa recorrer novamente a venenos.
Nunca termina, alucina, mas não chora.
Cabeça para cima, perdão não implora.
Não é sua sina, é busca de aceitação.
Busca vacina, toma sua dose de solidão.
Sigo em minhas repetições...