AO MEU PRIMEIRO CELULAR (COM AÇÚCAR E COM AFETO)
In memorian
out 2003/dez 2007
Achei em ti meu doce afeto, meu abrigo,
Grande amigo das horas mais incertas...
Quando já estando no limite do perigo,
Adquirindo-te fui das mais espertas.
E com pavor hoje, agora eu te digo...
Não resisti àquele caderno de ofertas.
Às noites me flagelo e me castigo,
Tenho no peito chagas vis e abertas.
Quatro longos anos de amor e afeto,
Esvaídos no desgaste de uma bateria.
O que por si, pela lógica, por certo...
Sepultar este meigo amor não deveria!
Mas compreenda meu amigo, meu amado
Por uma nova mais caro eu pagaria,
Do meu coração jamais serás amputado,
É preciso viver a era da tecnologia...