CHUVA
Este meu padecer intenso, é constante...
Qual chuva batendo em beiral,
Desfalecendo, sobre telhas dolorosas
Numa fria noite, invernal!
Sou vitima desse vento cortante,
Que me espalha as emoções,
E de uma forma desgastante,
Em minh’alma deixa vergões!
E eu jazo prisioneira , tão distante,
Sentindo essa chuva chorosa,
Banhando meu coração, suplicante,
E peço a morte, que me seja ditosa,
Em sua longa viagem, itineriante,
Me leve por fim, venturosa!