Atrás e dentro de mim
O sangue escorreu pelas minhas pernas
Como aquelas flores, aquelas rosas
Não, aquelas margaridas tingidas de vermelho
Tão belas margaridas escarlates
Sempre vivas, sempre
Escorrendo sem parar
Pelas minhas pernas
Por aquelas mãos como pedras
Como espinhos a me matar.
Meus olhos fechados não esquecerão
Aquelas preces, aquela canção
Aquela interminável canção
Que os anjos sussurravam para que eu não me matasse.
Apenas andei
Entre as margaridas vermelhas
E os anjos que permaneceram para me olhar
De costas, me olhavam de costas
Como todo anjo
Escorrendo em vermelho.