Elegia de um amor que agoniza
Verte o pranto um coração em agonias
Velando o amor que ora jaz deveras exício
E enquanto chora a mente faz o sacrifício
Pra tentar ligar dois polos em isogonias.
Verte o pranto um coração em agonias
Que de saudade ata a aurora ao crepúsculo
E tece versos preenchendo o seu opúsculo
Plange o passado e clama por ontagonias
Verte o pranto um coração em agonias
Segue sofrendo e preparando seu decesso
E vai tentando se curar, mas sem sucesso
Ora chora e ora sorri, revivendo antagonias
Verte o pranto um coração em agonias
E expurga a dor que alivia mais não finda
Quando parece que cessou dói mais ainda
E paga em lágrimas pelas suas teimosias.
Verte o pranto um coração em agonias
Pois nem o tempo diminue o seu suplício
Com a distância que o feriu desde o início
Vai carpindo a morte do amor em poesias
Obs. Imagem retirada da internet