Elegia de um amor que agoniza

 

Verte o pranto um coração em agonias

Velando o amor que ora jaz deveras exício

E enquanto chora a mente faz o sacrifício

Pra tentar ligar dois polos em isogonias.

 

Verte o pranto um coração em agonias

Que de saudade ata a aurora ao crepúsculo

E tece versos preenchendo o seu opúsculo

Plange o passado e clama por ontagonias

 

Verte o pranto um coração em agonias

Segue sofrendo e preparando seu decesso

E vai tentando se curar, mas sem sucesso

Ora chora e ora sorri, revivendo antagonias

 

Verte o pranto um coração em agonias

E expurga a dor que alivia mais não finda

Quando parece que cessou dói mais ainda

E paga em lágrimas pelas suas teimosias.

 

Verte o pranto um coração em agonias

Pois nem o tempo diminue o seu suplício

Com a distância que o feriu desde o início

Vai carpindo a morte do amor em poesias

 

 

Adriribeiro/@adri.poesias

 

Obs. Imagem retirada da internet

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 05/12/2021
Reeditado em 06/12/2021
Código do texto: T7400845
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