UM ANOITECER PESADO
Passei o dia, em passadas lentas e rápidas,
ter notícias diárias passou a ser um pesadelo
a realidade ficou a fios dentro de um novelo
ninguém sabe o que é verdade ou mentira.
Contas para pagar, e é preciso viver...
Viver do que? Na mesa, nada para comer...
Mal falam da retomada da inflação
ela chegou, e eu sei, porque acabou o pão!
Por favor, me falem, existe pandemia?
eu só sei de uma coisa: quero trabalhar!
a luz se apagou no final do túnel, será?
As máscaras, o gel, fazem parte da alegoria...
que massacram minha alegria
anoiteceu, ajoelhei, para rezar...
anoiteceu, emudeceu...
a poesia continuará a falar!