Um outro poema do nada
Tem dias em que a gente
Nem quer olhar em frente, pra trás
Ou subir
O que se deseja mesmo é sumir
Esquecer-se
Submergir
Voltar ao nada
De onde eu saí
Vão-se embora.
Não mora ninguém mais
Aqui.
Confesso que vivi
Uma vida torta
Sempre, invariavelmente
Dando com a cara na porta.