Quartetos á morte

Preso, num fosso de trincheira circular.

Aberto sempre que a fosca regente se ergue.

Noite após noite o fluxo começa rolar.

Nas trevas do lugar sua luz me persegue.

De ferro e osso se fez minha gaiola e lar.

Em frias águas anseia me envolver.

Perde o fio toda lâmina que tentar.

A doce e miserável vida remover.

Me alimentas com cautelosas vias lácteas.

Vertidas dos olhos que pronunciam a partida.

Partindo os laços de essências etéreas.

Anuncia em mim o fim desta mísera vida.

A torre mais alta guarda em madeira o métrico leito

Beijo amargo da bela Dona invade o céu da boca

Do anseio pelo aço varador em meu peito.

Arrebenta as portas desta viva casa oca.

Francisco Grandiel
Enviado por Francisco Grandiel em 09/11/2021
Código do texto: T7381594
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