Há uma bomba

Há uma bomba lá na frente

De longe eu a vejo vindo

Uma bomba que estilhaça para todos os cantos,

lá no infinito

Montar a bomba é inevitável

Desarma-la, um parto

Não quero concebe-la

Não porque na explosão eu insisto

Mas no imediatismo que fui fadado

Há uma bomba lá na frente

Cada vez mais se aproximando

O tempo é ainda mais implacável

quando se está sangrando

O conflito interno, diante do amanhã, indomável

Carrega-lo consigo, imenso fardo

Não quero carrega-lo

Já não aguento os segundos passando

Pautados no passado

De dias que bomba nenhuma de longe eu via

Pois nem pólvora eu havia gerado

Luque Silvério
Enviado por Luque Silvério em 08/11/2021
Código do texto: T7381294
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