Cadeias
Cadeias invisíveis me aprisionam
Incapaz de me libertar
Uma lágrima solitária
Uma dor que dilacera
Busco uma saída
Corro sem sair do lugar
Me afundando em um mar de lama
Não consigo respirar
Uma mão em meu pescoço
Tira o meu ar
Sem oxigênio
A luz do palco começa a apagar
Só resta uma acesa
Mas o medo é como um carrasco
Prestes a puxar a guilhotina
Talvez seja isso
Talvez seja essa a mão que me sufoca
Continuo afundando
Em meio a escombros
Cacos de uma vida
Uma farsa
Uma comédia
Uma tragédia de Shakespeare
Uma mentira
Que se tornou verdade
Uma verdade que se tornou mentira
Confuso
Vazio
Oculto
A última luz se apaga
A cortina enfim desce
E onde eu estava
Onde ela estava
Quem dera saber o destino
Mas em suas cadeias
Adormeceu